Já faz frio, tanto frio. Custa tanto sair da cama, todas as manhãs.
Nestes dias assim, fresquinhos, sabe-me bem estar por casa, de pijama, meias quente, embrulhar-me no sofá, com uma chávena a fumegar e ir alternando entre uma série na TV e um soninho preguiçoso. Nos últimos dois dias pude-me dar a esse luxo, em pequenas doses, porque a vida não pára, mas estando de férias facilita. Amanhã já volto ao escritório, ás outras responsabilidades e à enorme falta de vontade.
É horrível, quando há tanta gente desempregada e em situações miseráveis, eu não ter qualquer vontade de ir trabalhar, mas é a minha realidade. Todos os dias penso: Não me apetece nada!
É desgastante! Frustrante!
Sei. Deveria dar Graças a Deus por ter um emprego, um ordenado certo no final do mês e não podería ser de outra forma, porque não podería estar desempregada, mas realmente...Não me tem mesmo apetecido. Sabe-me, realmente, bem estar em casa. Poder fazer coisas que gosto e sentir-me tão mais feliz. Sería bom... Gostava de poder criar a minha filha com tempo, passar com ela mais do que umas 3 horas por dia, poder ter tempo para estudarmos, brincarmos... Ter tempo e paciência. É que há dias que nem sequer tenho pachorra. Também é horrível de se dizer. Mas também é a verdade. Não me sinto pior mãe por isso. É a vida, a minha vida, a que é possivel. Acho que até determinada idade dos nossos filhos, deveríamos ter, por direito, mais tempo de qualidade para passarmos com eles! Sería justo! Para eles! Para nós! Ficávamos todos a ganhar, todos os implicados nesta equação, naturalmente! Pais e filhos.
Enfim, enquanto esta realidade não é possível, terei que viver com a outra. Assim vou preparar o dia de amanhã, que começa cedo, demasiado cedo para o nosso gosto!

Recomeço!

E cá estamos, novamente, à beira da rotina chata, a de Inverno. O regresso às aulas, o fim do Verão. Não é uma novidade, é uma rotina, mas não uma das nossas preferidas.
O material já foi revisto. Optámos por reaproveitar. Quer dizer...Optei! É a melhor opção. A pequena crescida não acha. Quer material para estrear, mas não pode ser quando há tanto para reaproveitar e os tempos não são de fartura. É bom que ela comece a perceber a realidade, não toda porque é pequena e tem direito à sua infância, que será sempre a melhor fase da sua vida. Da minha foi!
Assim, andámos pelas caixas a ver lápis, os de cor, os de carvão e até os de cera, canetas, borrachas e afias. O que estava bom foi agrupado para ser posto a uso, o resto encheu um saco de plástico que será depositado no caixote do lixo. Afiámos os lápis, o que me valeu uma bolha no dedo. O que quer dizer que afiámos muitos lápis e que não há necessidade de comprar novos. "Mas eu quería aqueles..." - diz ela. E corta-me a alma, mas não pode ser.
Que valor vão dar as nossas crianças ás coisas se não tiverem qualquer noção do que elas custam?

Amanhã começam as aulas, o 5º ano (ai que o tempo passa depressa demais). É a nossa nova etapa. e eu tenho planos, tenho muitos planos e esperanças. Só coisas boas. Ansiedade, também. Um dia de cada vez...vamos lá!

Eu não me farto do Verão. Não me canso do calor. Gosto da pele morena e do chinelo no pé. Não tenho saudades do tempo frio e não ambiciono as roupas mais quentes.
Por mim podería ser Verão o ano inteiro. Adoro os fins de tarde. Os inicios de noite. As cores. Os cheiros. As férias de Verão. A disposição que é sempre maior e melhor.

Tranquilidade

É fundamental à minha existência! É do que mais preciso, nem sempre consigo ou poucas vezes consigo. Infelizmente. Mas ambiciono, com força, em pleno, diáriamente.
As férias são supostas de me trazer essa tranquilidade. Não estão a dar. Não percebo o que o Verão terá contra mim, que, duma forma insistente, me tem aborrecido bastante nas férias. Por uns motivos, ou por outros. Bom, não é o Verão em si, que me aborrece, mas determinadas coisas que têm acontecido nos últimos Verões. Este não está a ser excepção.
Contudo têm havido alguns momentos de tranquilidade daqueles bem bons!

Lisboa

O inicio das nossas férias deu-se por Lisboa, aquela Lisboa que nunca temos. Porque em regra só usufruímos da Lisboa moderna, aquela que conhecemos melhor. Depois há a mais antiga, a mais tradicional, que é pitoresca, mas que noto que nunca usámos e que percebo que não vamos usar muitas vezes. No nosso pequeno percurso, resolvi que deveríamos usar os transportes, mais fácil, mais prático e tão caro. Gastei uma barbaridade em transportes públicos e feitas as contas ao fim do dia...não compensa e isso afasta-nos da rota mais histórica, porque é impossível suportar uma despesa dessas.
Andamos sempre de carro, pois tudo fica aqui à mão e compensa andar no transporte próprio, logo não temos titulos de transporte público. Naquele dia andámos de metro, eléctrico e autocarro. Gastei 21.10 Eur! Para além disso, ter a miúda a andar naquele chão preto antigo é um caos! A culpa não é do chão. A culpa é minha que crio uma menina para a Lisboa moderna e que está habituada a andar no chão liso, sem ter que se esforçar muito. Apresentei-a àquele piso e passou o tempo a torcer o pé. A torcer o pé e a resmungar, porque já lhe dóia o pé...
Desistimos ao fim de pouco tempo. Metemo-nos nos transportes de volta e rumámos à Lisboa moderna, a que ela conhece e onde se sente confortável e onde redescobriu o sorriso e lá voltou a ser a menina feliz e sorridente com quem lido na maioria dos nossos dias.
Eu fico com pena, mas esta é a realidade! Claro que o facto de andar de transportes públicos ser proíbitivo ajuda, também, a que nos afastemos de tal zona, mas tenho pena...

São porções de amor, de intensidades diferentes, mas que fazem os nossos dias. Essas porções fazem-nos sentir vivos e funcionam como lufadas de ar fresco, dão para recarregar um pouco as baterias. Ontem foi assim:

Nem sempre são dias bons, nem sempre consigo retirar o melhor dos meus dias. Eu gostava de ser sempre positiva, sorridente, sentir que tudo vale a pena, mas não, nem sempre é assim. É nesta fase do ano que sinto mais a exaustão, uns dias são mais dificeis de suportar do que outros e são estes os dias que me fazem repensar em tudo, na minha vida, no que não gosto, no que gostaría que fosse diferente. Isso torna, realmente, dificil suportar o passar dos dias, das horas, dos momentos.
Nem sempre é fácil, nem sempre me apetece, nem sempre sei...mas os dias passam, uns a seguir aos outros e é assim que a vida vai passando, tão depressa e nisto perdem-se anos de vida, a pensar no que não se tem, no que se queria ter e essencialmente no que não se quer, mas que é quanse impossível de se deixar.
Nem sempre são dias bons...hoje é um desses dias.

Para mim o Alentejo não sería para idas pontuais, sería um estilo de vida...

Já entrei na contagem decrescente. As férias!
No ano passado ficámos impossibilitadas de usufruir das férias como, realmente, queríamos em prol de um amor maior. Este ano...este ano temos que usufruir em duplicado, porque o amor maior nos deixou em Dezembro, já é uma estrelinha e porque merecemos. Não tenho planos, como os que tinha no ano passado, mas quero passear muito. Na verdade já temos usufruído aos fins-de-semana, mas as férias, que são mais longas do que o fim-de-semana vão dar para desimpedir a mente por um período maior e estou a precisar de descansar a mente!
Assim, aqui vamos nós, a um mês do nosso período favorito do ano! E logo depois, lá vamos mergulhar numa nova fase da vida dela e por ela ser minha, será uma nova fase para mim também!
E tudo irá correr bem! <3 p="">

Não sou uma pessoa de modas, já fui, mas já não sou há muito. Sou uma pessoa que aprecia momentos, que os vive e que os tenta guardar da melhor forma possível. Isto tudo para falar de comida! Sim, básicamente de comida! Os restaurantes vegetarianos são uma descoberta recente e não assidua, mas das poucas vezes que os frequentei saí de lá preenchida e satisfeita. Acho a comida fantástica, o ambiente fabuloso e todo o espirito envolvente...hum...adorável.
Estive num recentemente, alargar a experiência aos meus pais e filha, que nunca tinham ido a nenhum. Escolhi o PSI, porque acho que tem tudo o que é necessário para se gostar. Fui bem sucedida! Com a pequena é mais complicado, é mais pela comida tradicional e torce o nariz a isto ou àquilo, pergunta o que é o outro, põe de lado o não sei o quê e na realidade o que apreciou mesmo foi a sobremesa. Os meus pais adoraram e isso deixa-me feliz, mas acho que sería impossível não adorar! Acho que só aquele ambiente, a paisagem envolvente sería o suficiente para encantar qualquer um, mas para além disso a comida é excelente!
Aconselho a quem não conhece e tenciono continuar a frequentar!

Já há muito que sigo o trabalho da Mariana. Leio-a com assiduídade, invejo-lhe a profissão e decidi-me finalmente a fazer uma sessão com ela.
Isto de ser mãe solteira implica que tenha poucas fotos com a miúda, nós as duas e as paisagens à volta. Normalmente o que há são aquelas em que seguramos a máquina com a mão direita, juntamos as nossas caras e click. Por vezes saiem fotos giras, mas em regra o enquadramento é sempre o mesmo, pois a distância do braço não varia... Ter alguém a fotografar-nos era a hipótese de poder guardar momentos nossos no ambiente em que estamos e pronto, foi o que aconteceu no último domingo. Um dia quentíssimo em que fomos ter com a Mariana à Lagoa Azul, em Sintra ( e Sintra, é realmente, um local repleto de sitios lindissímos).

 A sessão correu muito bem, a Mariana é uma simpatia e deixou-nos à vontade em menos de nada, enquanto caminhávamos, conversávamos,  ela ía disparando a sua máquina na nossa direcção. Passou num instante e nós adorámos. Ainda só tivemos um vislumbre do trabalho final, mas aguardamos ansiosamente a volta do correio!

E agora que aprendi a fazer pão, não queremos outra coisa cá por casa! É uma fornada diária e tem sido um sucesso!
Nestes dias que estão frios e molhados, chegar a casa, meter as mão na massa e perfumar a casa com o cheiro do pão acabado de fazer...é qualquer coisa! No fim-de-semana vou fazer de manhã, porque pão quente para o pequeno-almoço...hum...isso é que vai ser uma verdadeira delicia!